309350O reitor da Universidade do Porto está satisfeito com o ranking. No topo da lista estão Harvard, que ocupa o primeiro lugar pelo oitavo ano consecutivo, seguida de Berkeley que, relativamente ao ano passado, subiu um lugar e trocou com Stanford que está agora na terceira posição. Nos primeiros 100 lugares predominam as universidades norte-americanas, aliás, os EUA ocupam 17 dos 19 primeiros lugares, entre estes estão as britânicas Cambridge, em quinto, e Oxford, em décima posição. Em 20.º lugar aparece a Universidade de Tóquio. Este ranking tem sido muito criticado por manter em lugares cimeiros as escolas dos EUA e deixar de fora as instituições europeias.

As universidades de Lisboa e do Porto aparecem entre as 401 e 500 melhores instituições. A partir da centésima posição, as instituições estão agrupadas de cem em cem e por ordem alfabética, desconhecendo-se o lugar em que se encontram. Para António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa (UL) "é uma honra estar incluída nas 500 melhores universidades do mundo. É excelente que a Universidade do Porto também esteja; e é fundamental que mais universidades portuguesas entrem nesta lista. É um trabalho que temos a obrigação de fazer, colectivamente". No entender de Marques dos Santos, reitor da Universidade do Porto (UP), este ranking é um "indicador idóneo e respeitado" e reflecte que a estratégia que a instituição tem desenvolvido é "correcta e auspiciosa". O posicionamento da UP, segundo o reitor, decorre do esforço que a instituição está a "desenvolver no sentido de melhorar a qualidade do ensino, de proporcionar a mobilidade de estudantes, docentes e investigadores, de fomentar a investigação científica, de modernizar os pólos universitários, de incentivar a cooperação inter-universitária." O ranking de Xangai é feito com base em quatro critérios: qualidade da educação (os alunos que foram prémios Nobel ou Fields), qualidade da instituição (professores e investigadores com prémios Nobel ou Fields), resultados da investigação (artigos publicados em ciências e natureza e artigos citados) e dimensão (rácio performance académica). "Claro que estas listas dão grande importância a três áreas principais: as Ciências da Vida e da Saúde, as Engenharias/Tecnologias e a Gestão/Economia. Destas três áreas, por razões históricas, apenas uma se desenvolveu consistentemente na Universidade de Lisboa. As outras duas, ficaram a cargo da Universidade Técnica de Lisboa. Este aspecto prejudica a Universidade de Lisboa na maioria dos rankings, mas, ainda assim, conseguimos resultados que são meritórios", congratula-se António Nóvoa. Actualmente, existem dois rankings considerados de referência, o Times Higher Education World University Rankings, do Reino Unido, e o de Xangai. A Comissão Europeia quer construir um novo, com o objectivo dar aos alunos mais informação, sobretudo sobre as escolas europeias que será conhecido no próximo ano.

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