Ministra diz que cabe aos directores das escolas decisão de encerrar durante visita do Papa. A ministra da Educação esclareceu que o encerramento das escolas públicas nos dias da visita de Bento XVI a Portugal é determinado pelos directores dos estabelecimentos de ensino, caso não se verifiquem as condições necessárias ao seu funcionamento. “Os funcionários públicos têm a possibilidade de não comparecer, uma vez que há tolerância.
Uma escola só poderá abrir se o director considerar que tem os docentes e não docentes necessários para assegurar tanto a educação como a segurança dos alunos”, afirmou Isabel Alçada. A ministra da Educação falava aos jornalistas, à margem de um encontro de reflexão sobre a implementação do diploma da Educação Sexual, que decorreu na tarde de ontem na Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa. Isabel Alçada sublinhou que “não é o ministério que manda fechar as escolas” e admitiu que, “provavelmente”, os estabelecimentos de ensino “não vão abrir”. Na sexta-feira passada, fonte do Ministério da Educação disse à Lusa que todas as escolas públicas vão encerrar no dia 13 de Maio, devido à tolerância de ponto concedida pelo Governo por ocasião da visita do Papa Bento XVI. O Governo decidiu dar tolerância de ponto a todos os trabalhadores da Administração Pública no dia 13, estando ainda dispensados os funcionários públicos na tarde do dia 11 em Lisboa e na manhã do dia 14 no Porto. Questionada se concorda com a tolerância de ponto por este motivo num estado laico, Isabel Alçada respondeu: “É idêntico a outras circunstâncias”. “Sempre que houve visitas de papas procedeu-se desta forma”, acrescentou.
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