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mpConselho Nacional das Ordens Profissionais defende manutenção de estágios e exames de acesso. Marinho Pinto responsabilizou Mariano Gago pelo actual estado de descrédito do ensino superior. O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, responsabilizou ontem o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior pelo actual estado de "mercantilização" e de "descrédito" do ensino superior. "Hoje as universidades não estão preocupadas em ensinar, mas sim em financiar-se.

Passaram a vender licenciaturas e médias. Foi o ministro Mariano Gago que conduziu a este estado de degradação", afirmou Marinho Pinto, após uma reunião do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP), onde foi defendida a manutenção das diversas condições de acesso às ordens."Há uma pessoa que é o rosto desta degradação do ensino superior e desta mercantilização que é o representante da corporação universitária do Governo, o senhor ministro Mariano Gago", prosseguiu Marinho Pinto, que atribuiu a situação ao excessivo endividamento que se permitiu nas universidades e que se vêem agora na obrigação de manter os alunos a qualquer custo. "Nenhuma ordem pode emitir o certificado público de confiança se as pessoas não tiverem os conhecimentos científicos necessários", insistiu, assegurando que enquanto estiver no cargo continuarão a ser exigidos exames e estágios. Também o presidente do CNOP e antigo bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, defendeu que "o título académico é uma condição necessária mas não suficiente para o exercício de uma profissão", pelo que as ordens devem continuar a funcionar como um garante de que "os cidadãos podem confiar nos profissionais". E acrescentou: "O sistema de ensino deixou de ser credível (...), o que decorre dos problemas de solvência de muitas instituições de ensino. "Fernando Santo afirmou mesmo que o actual sistema "orientado para as estatísticas" e o processo de Bolonha "descredibilizaram as licenciaturas junto da opinião pública". Mas garantiu que as ordens vão manter "um sistema de acesso rigoroso", pois "o que se exige são profissões e não títulos académicos", daí que todas as ordens tenham "códigos deontológicos e as respectivas sanções disciplinares". O representante alertou, ainda, para a necessidade de melhores formações perante a volatilidade do mercado. Com o objectivo de evitar a "injustiça" introduzida por Bolonha, o CNOP - que representa 13 ordens e 250 mil profissionais - está a mobilizar uma petição online que será entregue no Parlamento e que visa equiparar as antigas licenciaturas de cinco ou seis anos ao segundo ciclo de Bolonha, que confere o grau de mestre. Reuniu, até agora, 27 mil assinaturas.

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