A Federação Nacional de Professores (FENPROF) pediu esta segunda-feira aos docentes para que não formalizem as suas candidaturas ao concurso de contratação, que foi aberto nesse dia, por a avaliação de desempenho ser tida em conta "injustamente". Contactada a assessoria de imprensa do Ministério da Educação, não foi possível obter uma reação. No seu site, a FENPROF solicita aos professores que "não submetam as suas candidaturas", via Internet, "até haver esclarecimentos ou novos desenvolvimentos" sobre o assunto, já que a "avaliação de desempenho" qualitativa e quantitativa "consta da aplicação".
Em declarações à agência Lusa, o secretário geral da FENPROF, Mário Nogueira, sustentou que a consideração da regra da avaliação de desempenho no concurso para contratação de professores para o próximo ano letivo, apesar de legal por iniciativa da anterior ministra Maria de Lurdes Rodrigues, é "injusta", apontando o caso de escolas que decidiram "não atribuir" a classificação de "Muito Bom" ou "Excelente". A Federação Nacional de Professores adianta, no portal, que "muitos docentes ainda não têm a sua nota correspondente ao ano" letivo anterior, "muitos colegas não obtiveram, simplesmente, avaliação ou obtiveram mais do que uma - uma em cada escola onde lecionaram". Para Mário Nogueira, a avaliação de desempenho dos professores, feita "ao sabor da decisão de cada escola", apenas deve contar para efeitos de progressão de carreira e não quando está em jogo dar um "emprego" aos docentes. O atual concurso para contratação de professores, nomeadamente para preenchimento de horários não atribuídos, termina a 23 de abril. Mário Nogueira esclareceu que a FENPROF está em conversações com o Ministério da Educação para que seja encontrada até quarta feira uma "solução que sirva os professores".
{backbutton}