A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acaba de apelar aos docentes para que não apresentem as respectivas candidaturas aos concursos de colocação que hoje tiveram início e que, denuncia, “já registam algumas irregularidades”
Num texto em que pede aos professores que aguardem por “esclarecimentos” ou “desenvolvimentos” (em http://www.fenprof.pt) a federação esclarece que aquelas estão relacionadas com a aplicação electrónica destinada à candidatura, da qual consta a avaliação de desempenho.Sem criticar a influência da classificação na lista de graduação dos candidatos, a Fenprof limita-se a apontar as referidas irregularidades. Especifica que a aplicação electrónica da Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação, em que são pedidos os resultados da avaliação quantitativa e qualitativa, apenas permite introduzir os intervalos de cada avaliação (no caso do Bom apenas aceita as notas de 6,5 a 7,9, por exemplo). Um problema já denunciado em caixas de comentários de vários blogues sobre Educação, na medida em que, como aponta a Fenprof, devido à existência de quotas ou por não terem sido pedidas aulas assistidas, alguns professores tiveram notas quantitativas superiores à avaliação qualificativa (por exemplo Bom, nota final 8).No texto é referido ainda o caso daqueles que reclamaram e ainda não conhecem a nota definitiva e o dos docentes que leccionaram em duas escolas e têm, por isso, duas avaliações, não coincidentes. Em declarações ao PÚBLICO, Mário Nogueira, dirigente da Fenprof, revelou que a federação se encontra em conversações com o Ministério da Educação desde a semana passada, sobre este assunto. “Mantemos que, devido à forma como decorreu a avaliação, os resultados não devem contar”, afirmou, acrescentando que espera obter resposta para o problema “ainda hoje ou amanhã”
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