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Miguel conseguiu superar um tumor no cérebro e quando voltou à escola foi vítima de bullying. Todo este processo, do diagnóstico da doença até às agressões sofridas pelo rapaz, é narrado no livro “Quero Viver” pela mãe da criança, Lizete Lopo. O livro foi apresentado nesta segunda-feira na Universidade Católica do Porto e contou com a presença do médico Daniel Serrão.

Mais do que uma história triste ou de superação, “Quero Viver”, que conta com o prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa, é um livro que toca em temas muito actuais: a relação entre médicos e pacientes, a superação de uma doença grave e as agressões verbais e físicas de que as crianças são vítimas na escola. “O livro faz uma análise ao Serviço Nacional de Saúde”, declarou o médico Daniel Serrão, realçando a “simplicidade” com a autora narra todos os episódios. “Desde à dificuldade de fazer o diagnóstico, depois o tratamento, as dificuldades com o Serviço Nacional de Saúde, mas também aquilo de muito bom que ela encontrou, como o Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Nacional São João”, enumerou o especialista em Bioética. Lizete Lopo, mãe de Miguel e autora do livro, considera que contando a sua história cumpre uma “missão”: “sensibilizar a sociedade e estimular as famílias que passam por esta situação a não perderem a esperança”. O processo de escrita não foi fácil. “Nas crianças com cancro, e nos doentes com cancro em geral, há partes muito fortes mas nesta caminhada há também partes muito bonitas”, conta a autora.Doença foi mais fácil de superar do que bullying“Sinceramente a doença foi fácil, o que foi mais complicado foi o bullying”, revela Miguel, que quando voltou às aulas, mais fragilizado do que os outros colegas, foi vítima de agressões verbais. “Mandavam-me muitas bocas e chamavam-me nomes”, contou o rapaz de 15 anos. Daniel Serrão prefere chamar o bullying de “pura brutalidade dos alunos uns contra os outros”, reconhecendo que Miguel foi vítima de agressões por estar numa situação diferente: “uma criança frágil, doente e emagrecida”. Necessidade de prevenir.Também presente na apresentação do livro esteve o advogado Paulo Santos que sublinhou a necessidade de implementar medidas de prevenção ao bullying. “As direcções, os professores, os encarregados de educação e o pessoal auxiliar têm que se capacitar que não podem fechar os ouvidos e os olhos a esta problemática”, sublinhou o advogado. “Se se suspeita de situações de bullying é preciso começar a investigar imediatamente, de modo a evitar, porque ao evitar o problema é muito menor”, exemplificou o comentador jurídico.

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