O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) António Rendas defende que nas universidades existe uma figura que pode ajudar os estudantes em risco de prescrever, chama-se provedor do estudante. Esta manhã, António Rendas foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Educação e Ciência por causa do regime de prescrições. Segundo uma petição entregue no Parlamento no passado dia 24 de Março, dia do estudante, por dirigentes das associações académicas, este regime devia ser harmonizado em todas as instituições de ensino.
Na petição, os estudantes pedem que o actual regime, em vigor desde 2003, seja suspenso e discutido no prazo de dois anos. Para António Rendas não se justifica criar um órgão de atendimento e acompanhamento aos estudantes porque as instituições têm o provedor do estudante “que tem tido um papel fundamental e que é preciso dinamizar mais”, reconhece. Se o PS, pela voz do deputado Manuel Mota lembrou que há alunos que estão 20 e 30 anos para acabar o curso, o que considera “pernicioso, até do ponto de vista financeiro”, a oposição lembrou que cada caso é um caso e que alguns alunos têm dificuldades, por vezes, financeiras e alimentares, para terminar a sua formação. O BE está preocupado com os estudantes, sobretudo aqueles que são trabalhadores independentes e que por essa razão não lhes é reconhecido serem trabalhadores estudantes. Na sequência desta petição, a Assembleia da República já enviou um pedido de informação ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior mas ainda não obteve qualquer resposta. Amanhã será a vez da comissão ouvir o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.
{backbutton}